sábado, 8 de março de 2014

CLAMOR PELO SANGUE DE JESUS É COMO A AVE MARIA

"O sangue de Jesus tem poder."
"Clamamos pelo sangue de Jesus."
"Clamamos pelo sangue de Jesus para saber se este dom provém do teu Santo Espírito."
Quantas vezes ouvimos as frases acima, ao longo de nossa estada na ICMística? 30, 100, 1000? Nunca vamos saber. Analogamente, não tínhamos ideia de que a "menina dos olhos" do dono da obra jamais foi bíblica, pelo contrário. TODO arcabouço doutrinário da Maranata é copiado de diversas religiões, formando uma colcha de retalhos de heresias insuportáveis.
Logo de início, faz-se mister compreender o significado do verbo clamar, de onde, através de derivação (ainda é ensinada em sala de aula?), origina-se o substantivo clamor.
Conforme o Dicionário de Sinônimos(1), "clamar" possui cinco sentidos:

1 pedir.
2 implorar, rogar, suplicar.
3 exigir, reclamar, reivindicar, uivar.
4 protestar.
5 berrar, bradar, conclamar, gritar, ulular, vociferar, vozear.
Clamor é um reivindicação, um berro, um grito, uma vozearia, um rogo, uma súplica, um protesto, dependendo do contexto. Clamor não é necessariamente uma oração petitória.
Biblicamente:
  • Em hebraico transliterado, tsã’aq: significa chorar, clamar, chamar - expressando aflição.
  • Em grego transliterado, krauge (kpauyñ): é uma palavra onomatopaica, imitando o grito do corvo, cuja raiz é a mesma de krazõ e kraugazõ (chorar) e seu sentido é de “bradar”, “gritar” (VINE).(2) 
    Vejamos exemplos do verbo clamar no Velho Testamento. Usarei duas versões, a título de comparação, a Versão Almeida Corrigida e Revisada Fiel e a Nova Versão Internacional.

    Versão Almeida Corrigida e Revisada Fiel:
    Com a minha voz clamei ao SENHOR; com a minha voz supliquei ao SENHOR. Salmos 142:1
    Nova Versão internacional:
         Em alta voz clamo ao Senhor; elevo a minha voz ao Senhor, suplicando misericórdia. Salmos 142:1
    Versão Almeida Corrigida e Revisada Fiel:
         Não clamará, não se exaltará, nem fará ouvir a sua voz na praça. Isaías 42:2
    Nova Versão internacional:
        Não gritará nem clamará, nem erguerá a voz nas ruas. Isaías 42:2

    Versão Almeida Corrigida e Revisada Fiel:

                 Voz de clamor de Horonaim; ruína e grande destruição! Jeremias 48:3

    Nova Versão internacional:
      Ouçam os gritos de Horonaim: ‘Devastação! Grande destruição! Jeremias 48:3
    Novo Testamento:
    Versão Almeida Corrigida e Revisada Fiel:
    E clamou com grande voz, como quando ruge um leão; e, havendo clamado, os sete trovões emitiram as suas vozes. Apocalipse 10:3
     Nova Versão Internacional:
    E deu um alto brado, como o rugido de um leão. Quando ele bradou, os sete trovões falaram. Apocalipse 10:3
    Versão Almeida Corrigida e Revisada Fiel:
    E, tendo dito isto, clamou com grande voz: Lázaro, sai para fora. João 11:43
    Nova Versão Internacional:
     Depois de dizer isso, Jesus bradou em alta voz: "Lázaro, venha para fora! " João 11:43
    Versão Almeida Corrigida e Revisada Fiel:
    E Jesus, clamando outra vez com grande voz, rendeu o espírito. Mateus 27:50 
    Nova Versão Internacional:
    Depois de ter bradado novamente em alta voz, Jesus entregou o espírito. Mateus 27:50 
    Note que a NVI está de acordo com os conceitos vistos acima, retirados do Dicionário VINE.

    Vejamos agora o que a ICM (3) diz sobre "clamor pelo sangue de Jesus":
    3.1 O que é Clamor Pelo Sangue de Jesus?
    R - Clamor é uma oração veemente, feita primeiramente no coração. Quando clamamos pelo sangue de Jesus, não estamos clamando pelo sangue biológico, mas sim pelo Espírito de Jesus, pela vida eterna que Jesus trouxe da eternidade para nós.
    3.2 Qual o efeito do Clamor pelo Sangue de Jesus?
    R – Perdão de pecados (I João 1:7), 
    Proteção (Ex.12:23),
    Comunhão c/ Deus (Ef. 2:13)
    [ I Jo 1:7 Mas, se andarmos na luz, como ele na luz está, temos comunhão uns com os outros, e o  sangue de Jesus Cristo, seu Filho, nos purifica de todo pecado. Ex 12:23 Porque o SENHOR passará para ferir aos egípcios, porém, quando vir o sangue na verga da porta e em ambas as ombreiras, o SENHOR passará aquela porta e não deixará ao destruidor entrar em vossas casas  para vos ferir. Ef 2:13 Mas, agora, em Cristo Jesus, vós, que antes estáveis longe, já pelo sangue de Cristo chegastes perto.]
    3.3 Quando devemos clamar pelo sangue de Jesus?
    R – No início de cultos e de reuniões, ao orarmos, no lar, na escola, trabalhos diários, nos momentos de decisões, antes da consulta à Palavra. Ao deparar com pessoas oprimidas, na solidão ou em ambientes desfavoráveis.
    OBS: Em determinadas situações, o clamor pelo sangue de Jesus deve ser feito em silêncio ( no coração).[ênfases nossas]
    De cara, a ICMística, incutindo o clamor como doutrina da obra, leva os novos aderentes à seita ao engano e misticismo, haja vista a maioria não ser chegada a leituras, especialmente bíblicas, e gostar mesmo é de entregar seu poder de autonomia a pastores mal intencionados, vestidos da fantasia  carnavalesca de servos de Deus.
    Você não achará a ordenança de se clamar pelo sangue de Jesus no Novo Testamento. Se assim fosse, naturalmente isso seria explicitado, porquanto tudo que precisamos saber a Palavra de Deus contém.
    Nosso Senhor Jesus Cristo disse aos apóstolos que todos os pedidos ao Pai fossem feitos em Seu Nome.
    E tudo quanto pedirdes em meu nome eu o farei, para que o Pai seja glorificado no Filho. João 14:13
    Aí você, leitor atento, antenado, fará a seguinte observação: "Tudo bem, Jesus não falou que era para clamarmos pelo seu sangue porque não havia sido sacrificado". Bem colocado, meu leitor. Esqueceu de um detalhe: após a crucificação, ressureto, Cristo apresentou-se aos discípulos. Transmitiu a seguinte ordem:
    E disse-lhes: Ide por todo o mundo, pregai o evangelho a toda criatura. Quem crer e for batizado será salvo; mas quem não crer será condenado. E estes sinais seguirão aos que crerem: Em meu nome expulsarão os demônios; falarão novas línguas; pegarão nas serpentes; e, se beberem alguma coisa mortífera, não lhes fará dano algum; e porão as mãos sobre os enfermos, e os curarão.
    Marcos 16.15-18
    Se fosse o caso, Cristo o explicitaria mais ou menos assim:
            Através do clamor pelo meu sangue expulsarão os demônios; falarão             novas  línguas...
    A DOUTRINA DO CLAMOR PELO SANGUE DE JESUS É DE ORIGEM CATÓLICA.
    Sim, caros ficantes (retirantes também) da seita quadragenária. Tal mistério, cuja especial, superior e exclusiva detentora é a obra maranata, revelado da eternidade pelo Espírito Santo, é de origem católica. Tenha em mente: TODO arcabouço doutrinário da Maranata é copiado de diversas religiões, formando uma colcha de retalhos de heresias insuportáveis. 

    Às provas.
    Leia o texto extraído integralmente do Portal da Divina Misericórdia, site católico.(4)
    As ênfases são nossas.
    Honremos o Sangue de Jesus
    Palavras do Sacerdote
    Dando continuidade ao tema "Sangue de Cristo", nesta semana  refletimos  a partir do relato de experiências de alguns Santos que em sua vida amaram e respeitaram o Sacrifício de Cristo por nós.
    Um dos grandes propagadores do culto ao Sangue de Cristo foi S. Gaspar del Bufalo (1786-1837), padre, nascido em Roma, Itália. Ordenado em 1808, recusou a se submeter ao tirano Napoleão e foi exilado por anos (1810-1814). Foi beatificado pelo Papa Pio X em 8/12/1904 e canonizado por Pio XII em 12/06/1954. Fundou a Congregação dos Missionários do Preciosíssimo Sangue e as Irmãs Adoradoras do Preciosíssimo Sangue. Afirmava com vigor: “A devoção ao Preciosíssimo Sangue será o meio mais seguro para chegar ao amor de Jesus Cristo”.
    Este excesso de devoções é nocivo à fé? Não, se mantivermos presente o seu nexo entre si e de todas elas com os mistérios centrais da nossa fé cristã (Credo, Liturgia, Moral etc.). Por exemplo, há um profundo nexo entre a devoção ao Sagrado Coração de Jesus (séc. XVII), ao seu Preciosíssimo Sangue (séc. XIX) e à Misericórdia Divina (séc. XX); são como elos de uma mesma corrente, pois do coração divino-humano de Jesus jorra sangue e água, sinais (“sacramentos”) do amor misericordioso da Santíssima Trindade para com o gênero humano. De fato, na Ladainha do Sangue de Jesus rezamos: SÁNGUIS CHRÍSTI, FLÚMEN MISERICÓRDIAE: SÁLVA NOS! [Sangue de Cristo, rio de misericórdia: salvai-nos!] A Missa votiva em honra do Preciosíssimo Sangue de Nosso Senhor Jesus Cristo, presente no novo Missal Romano, recolhe também esta relação entre sangue de Cristo e misericórdia divina:
    “Ó Deus, que resgatastes a todos pelo Sangue precioso do vosso Filho, conservai em nós a obra de vossa misericórdia para que, celebrando sem cessar o mistério de nossa salvação, possamos alcançar os seus frutos. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo”.

    Na esteira da antiga tradição patrística (S. Agostinho, Ambrósio etc.), o Catecismo da Igreja Católica (1997) nos recorda que o sangue e a água que jorraram do lado aberto de Cristo dão origem à Igreja – é o seu parto! – e aos seus sacramentos, particularmente a Eucaristia e o Batismo (nn. 766 e 1225; cf. Concílio de Viena, Fidei catholicae; Vaticano II, Sacros. conc. 5). Aliás, há dezenas de referências ao sangue de Cristo e seus efeitos salutares no Catecismo, que mereceriam um estudo à parte (nn. 433; 517; 597; 602; 613; 781; 808; 827; 948; 981; 994; 1105ss; 1244; 1275; 1323; 1331ss; 1350; 1381; 1426; 1442; 1524; 1621; 1846; 2305; 2618).
    Assim sendo, uma autêntica devoção ao sangue de Cristo nos auxilia a mergulhar mais e mais no mistério de Cristo, da Igreja e dos sacramentos, estimulando-nos, outrossim, a “dar o sangue” por Cristo e pelos irmãos. Por isso, recentemente (17/11/2001) a Igreja reafirmou o valor da devoção ao sangue de Jesus através do Diretório sobre piedade popular e liturgia, emanado pela Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos, reconhecendo entre as válidas expressões da piedade popular a seu respeito a Coroa do Sangue precioso de Cristo, a Hora de adoração, a Via Sanguinis e a já mencionada Ladainha (n. 178), a qual você pode encontrar num dos nossos opúsculos (Guia da devoção à misericórdia divina, n. 2, pp. 61s).
    Vários séculos atrás, a grande Doutora da Igreja, S. Catarina de Sena, ensinava e testemunhava a respeito do precioso sangue do Senhor:
    “No entanto, se por maldade, se comportarem com ingratidão, sem reconhecimento para comigo e meus servidores, o dom a eles feito por misericórdia se transformará em juízo e ruína. Isto, não por falha da misericórdia, (...) mas unicamente pela maldade e dureza que eles mesmos, livremente, puseram em seus corações, qual diamante que somente o sangue de Cristo consegue quebrar. Apesar de tal dureza, afirmo-te que tais pessoas, enquanto se acham nesta vida e possuem a liberdade, poderão invocar o sangue do meu Filho e derramá-lo sobre o próprio coração; então Cristo o romperá e elas receberão o fruto do sangue”; “Confesso ao Criador que transcorri a vida nas trevas! Refugio-me, porém, nas chagas de Cristo crucificado e lavo-me no seu sangue. Destruirei desse modo minhas iniqüidades...” (O Diálogo, ano de 1378, nn. 2.4; 18,3.1).
    Mais de cinco séculos depois, através da Apóstola da Divina Misericórdia, Santa Faustina Kowalska (+1938), o próprio Jesus expressa o desejo de que seu sangue e suas chagas sejam oferecidos em oração de expiação pelos próprios pecados e os do mundo inteiro, especialmente dos pecadores endurecidos (D 39), bem como pelas almas do purgatório (D 1226s). Isto é compreensível, uma vez que o seu sangue derramado é uma fonte transbordante de misericórdia (D 367); “Vós nos destes o que tínheis de mais caro, isto é, o Sangue e a Água do Vosso Coração” (D 1747), afirma a religiosa polonesa.
    Na famosa imagem de Jesus Misericordioso, os raios vermelhos representam o Seu sangue derramado que é a vida das almas (D 299), ou seja, a graça sobrenatural que nos fortalece. Em 1937 S. Faustina teve a seguinte visão mística: “À noite, vi Nosso Senhor crucificado. Das mãos, dos pés e do lado corria o Preciosíssimo Sangue. A seguir, Jesus me disse: Tudo isto é pela salvação das almas” (D 1184; cf. 1275). O valor do Seu sangue divino-humano para a nossa salvação é incalculável: “Ó Jesus, quando medito sobre esse grande preço do Vosso Sangue, alegro-me com a sua grandeza, porque uma só gota seria suficiente para todos os pecadores” (D 72).
    Diante de tão grandes mistérios, não podemos deixar de nos admirar, de contemplar, de rezar! Em certa ocasião Faustina ora: “Ó Jesus, lembrai-Vos da Vossa amarga Paixão e não permitais que se percam almas remidas com Vosso Preciosíssimo e Santíssimo Sangue” (D 72). Na mais famosa invocação se clama pelo sangue do Senhor: “Ó Sangue e Água que jorrastes do Coração de Jesus, como fonte de misericórdia para nós, eu confio em Vós!” (D 84; 187; 309). No Terço da Misericórdia nos unimos a Cristo, na força do Espírito, e oferecemos ao Pai o sangue de Cristo por nossos pecados (D 476). Na Eucaristia (“Hóstia Santa”) “está encerrado o Corpo e o Sangue do Nosso Senhor, como testemunho da infinita misericórdia para conosco, e especialmente para com os pobres pecadores!” (D 356), e através da Confissão também desce sobre nós o sangue e a água que enobrecem a alma (D 1602).
    Em suas experiências místicas, S. Faustina por vezes afirma que o sangue do Filho de Deus se uniu ao dela de um modo quase real (p. ex., D 832; 992; 1089; 1575). “Enquanto é tempo, recorram à fonte da Minha misericórdia, tirem proveito do Sangue e da Água que jorraram para eles”, pede Jesus a todos nós (D 848).
    Que todo Devoto e Apóstolo de Jesus Misericordioso possa clamar freqüentemente pelo poder do sangue de Jesus!

    Na próxima semana, encerraremos esta reflexão reproduziindo na íntegra um importante – e desconhecido – documento do Magistério eclesial sobre o valor do Sangue de Cristo e o seu culto específico.
    Quer mais?
    No podcast de ontem, rezamos a Ladainha do Preciosíssimo Sangue de Jesus. Essa oração sempre foi muito providente na minha vida. Em todos os momentos de aflição que passei, foi rezando essa Ladainha que encontrei o conforto do Senhor. Gosto  de rezá-la sempre, e se possível diante de Jesus Sacramentado. Clamar pelo Sangue de Jesus é uma prática antiga da Igreja Católica, que ensina a força do Sangue Daquele que morreu pelos nossos pecados.(5)(ênfase nossa)
    Se você, meu leitor inteligente, reparar, há uma similitude, mesmo discreta, entre o que se ensina na ICAR e na ICMística sobre clamor pelo sangue de Jesus, a começar do termo empregado.
    Discorrendo acerca do tema, Cavaleiro Veloz brilhantemente escreve:(6)
    A ICAR insiste nos efeitos da transubstanciação e obriga os católicos a “irem, assiduamente, à Missa, porque, ainda uma vez, é onde “o Sangue de Jesus Cristo nos purifica de todo o pecado” (Jo. I. Ep. 1, 7). Ao contrário do que Deus disse, do jeito que Ele disse, para a elite icemita pseudocarismática o que determina o acesso ao Pai é a fórmula: Senhor, clamamos pelo sangue de Jesus.
    Bem no início fórmula mágica foi introduzinda na ICM pelo Pr. Jonas Marques, de origem congregacional. Com os seminários de fins de semana no Maanaim de Domingos Martins-ES a fórmula espalhou-se. Então, a ICM-PES fez pior: além de copiar dos papistas o mito do sangue de Jesus derramado novamente no cálice da comunhão no momento da celebração da missa; introduziu na mente do crente icemita o mito (mistério da Obra) do constante clamor pelo sangue de Jesus. Até dentro de casa e na refeição. Este clamor funciona como mantra no mais interior do inconsciente do icemita, cuja fórmula clamamos pelo sangue de Jesus é exclusiva e indispensável para acesso ao Trono da Graça.
    Entendam, amados. Segundo a heresia icemita, ausente a fórmula: Senhor, clamamos pelo sangue de Jesus, Deus não ouve a oração inicial, nem recebe o culto; porquanto, dizem, esta fórmula imperiosa é mistério da Obra. Deste modo, os atos administrativos, decisórios e litúrgicos baixados pelo chefe muito religioso para obediência dos presbíteros do alto clero, presbíteros do baixo clero e inquestionável obediência nas unidades locais (artgs. 21,22,23 e 31 do E-ICM-PES), exigem esse clamor pelo sangue de Jesus.
    Eles distorcem as Escrituras para preservar o mistério da Obra. Leiam esta declaração, palavra por palavra: Por causa do clamor pelo sangue de Jesus (…) no início de cada culto ou reunião (…) não há manifestações de dons falsos em nosso meio. Não?! Não mesmo?!
    Escutem: não se trata de opinião de algum crítico da Obra Maravilhosa ou dela defensor.  Não! O Site oficial da ICM-PES insiste na antiga heresia papista do clamor pelo sangue de Jesus e reafirma (ênfase nossa):
    Por essa razão, quando rogamos em oração para o Senhor nos cobrir com o sangue de Jesus, somos protegidos contra ataques do Adversário em qualquer situação, inclusive no início de cada culto ou reunião. Dessa forma, não há manifestações de dons falsos em nosso meio.
    Clamor funciona? Clamor livra do poder do Diabo? Esse clamor protege? Funciona mesmo?  O que acontecia na mente daquelas meninas da Maranata de Itapoá – SC, nos momentos em foram sexualmente violentadas? Elas não aprenderam, em cada culto fantasioso, que o clamor pelo sangue protege? Por certo aprenderam que o clamor pelo sangue de Jesus protege e livra do assédio, do inimigo e do homem perigoso que molesta as crianças. Aprenderam que o clamor pelo sangue de Jesus não permite falsos dons… mas o mantra falhou quando foram penetradas e violentadas… O mantra falhou quando o assediador colocou dinheiro nas mãos mãos de alguns meia-solas… (ênfases nossas)
    Gostaria de complementar com mais uma coisa. O icemístico dono da Eubralat, da Missão Internacional Maranata e sabe lá Deus quantas falcatruas mais, convalida o clamor adotando a seguinte passagem de Hebreus:
    Tendo, pois, irmãos, ousadia para entrar no santuário, pelo sangue de Jesus, pelo novo e vivo caminho que ele nos consagrou, pelo véu, isto é, pela sua carne, e tendo um grande sacerdote sobre a casa de Deus, cheguemo-nos com verdadeiro coração, em inteira certeza de fé, tendo os corações purificados da má consciência, e o corpo lavado com água limpa. Hebreus 10.19-22
    Texto sem contexto é prato cheio para heresias.
    Vejamos os versículos anteriores e quais informações nos trazem.
    Porque tendo a lei a sombra dos bens futuros, e não a imagem exata das coisas, nunca, pelos mesmos sacrifícios que continuamente se oferecem cada ano, pode aperfeiçoar os que a eles se chegam. Doutra maneira, teriam deixado de se oferecer, porque, purificados uma vez os ministrantes, nunca mais teriam consciência de pecado. Nesses sacrifícios, porém, cada ano se faz comemoração dos pecados, porque é impossível que o sangue dos touros e dos bodes tire os pecados. Por isso, entrando no mundo, diz: Sacrifício e oferta não quiseste, Mas corpo me preparaste; holocaustos e oblações pelo pecado não te agradaram. Então disse: Eis aqui venho(No princípio do livro está escrito de mim), para fazer, ó Deus, a tua vontade. Como acima diz: Sacrifício e oferta, e holocaustos e oblações pelo pecado não quiseste, nem te agradaram (os quais se oferecem segundo a lei). Então disse: Eis aqui venho, para fazer, ó Deus, a tua vontade. Tira o primeiro, para estabelecer o segundo. Na qual vontade temos sido santificados pela oblação do corpo de Jesus Cristo, feita uma vez. E assim todo o sacerdote aparece cada dia, ministrando e oferecendo muitas vezes os mesmos sacrifícios, que nunca podem tirar os pecados; mas este, havendo oferecido para sempre um único sacrifício pelos pecados, está assentado à destra de Deus, daqui em diante esperando até que os seus inimigos sejam postos por escabelo de seus pés. Porque com uma só oblação aperfeiçoou para sempre os que são santificados. E também o Espírito Santo no-lo testifica, porque depois de haver dito: Esta é a aliança que farei com eles depois daqueles dias, diz o Senhor: Porei as minhas leis em seus corações, e as escreverei em seus entendimentos; acrescenta:  E jamais me lembrarei de seus pecados e de suas iniqüidades. Ora, onde há remissão destes, não há mais oblação pelo pecado. Tendo, pois, irmãos, ousadia para entrar no santuário, pelo sangue de Jesus, pelo novo e vivo caminho que ele nos consagrou, pelo véu, isto é, pela sua carne, e tendo um grande sacerdote sobre a casa de Deus, cheguemo-nos com verdadeiro coração, em inteira certeza de fé, tendo os corações purificados da má consciência, e o corpo lavado com água limpa, retenhamos firmes a confissão da nossa esperança; porque fiel é o que prometeu. Hebreus 10.1-23

     Compreenda sete pontos importantes:

    1. Clamor pelo sangue de Jesus é doutrina antiga praticada pela ICAR;
    2. Em nenhuma parte do Novo Testamento, é-nos informado de que devemos clamar pelo sangue de Jesus;
    3. Tanto a ICAR quanto a ICM a utilizam como mantra, uma reza; 
    4. Não tem valor espiritual algum; 
    5. As Escrituras claramente asseveram que o verdadeiro poder é somente no nome de Jesus;
    6. Quem nos redime dos nossos pecados é Jesus Cristo. O ato do sacrifício, de onde o seu sangue foi derramado, é que salva o homem e abre caminho para nos achegarmos a Deus;
    7. E, finalmente, vamos parar de clamar pelo sangue de Jesus no momento das refeições. Sabia que, procedendo assim, está-se banalizando o Seu sacrifício?
    Graça e paz.