sábado, 31 de maio de 2014

MOVIMENTOS PENTECOSTAIS: UMA GRAVE DISTORÇÃO DAS ESCRITURAS (Parte 7)

Em outra postagem abordei brevemente alguns aspectos da Renovação Carismática, cujo objetivo primordial, novamente, é
o ECUMENISMO, a fim de atingir
os protestantes, sobretudo os pentecostais, por duas razões básicas. A primeira é que os evangélicos da linha pentecostal mostraram-se os mais arredios à promoção do ecumenismo proposto pelo Concílio Vaticano II (1963-65). A segunda razão, e a mais importante, diz respeito ao crescimento gradual dos pentecostais no Brasil, o que preocupou sobremaneira a cúpula católica, devido à saída sistemática dos seus fiéis. Portanto, seu escopo é segurar o católico dentro da Igreja e fomentar suas práticas e crendices. A RCC não se interessa em levá-lo a uma vida nova em Jesus, apenas torná-lo um católico praticante.
Eis alguns pontos os quais ferem as Escrituras e induzem ao erro:
1. A Bíblia não é a Autoridade Final no Movimento Carismático.
Segundo a ICAR, há "três fontes de revelação divina": a Bíblia, a Tradição Apostólica e o Magistério da Igreja. Veja o que um padre católico escreveu:
"Sabemos que somente existem três vias de revelação divina: a
Sagrada Escritura, a Tradição Apostólica e o Magistério da Igreja. A Sagrada Escritura é a via
primeira, a base de tudo, mas necessita de uma autoridade sobre ela, e esta autoridade é a
autoridade legítima da Igreja. Assim Deus o quis. (...) A Tradição
Apostólica é justamente o ensino dos Apóstolos que nos foi transmitido pelos padres  (pais) que conviveram com eles (os padres apostólicos), ou por aqueles que conviveram com esses últimos. (...) Tendo a Santa Igreja a autoridade plena, suprema e absoluta dada por Nosso Senhor: 'O que ligares
na terra...', coube-lhe o ensino, de forma que baseada na Sagrada
Escritura e no ensino apostólico ela, através de seu Sagrado Magistério, é a Mãe e Mestra da
Verdade." [ênfases nossas]
Todo genuíno cristão sabe que a nossa maior e suficiente autoridade teologicamente falando são as Escrituras Sagradas. Não existe nada que indique peremptoriamente o contrário, e nem necessita de testemunho da Igreja ou de livros auxiliares como sua extensão. É regra de fé e prática. Através delas, o Espírito Santo nos apresenta Cristo como Salvador e Filho do Deus vivo.  A Igreja não possui proeminência sobre a Palavra de Deus e sim o contrário.
De acordo com a doutrina reformada da autoridade das Escrituras, as mesmas são a "fonte
infalível de informação que estabelece definitivamente qualquer assunto nelas tratado: a
única regra infalível de fé e de prática, o supremo tribunal de recursos ao qual a Igreja pode apelar para a resolução de
qualquer controvérsia religiosa."
Durante a Idade Média, o acesso à Bíblia foi inteiramente negado ao povo. Dessa forma, a Igreja Católica tomou para si a autoridade sobre a Palavra, de modo que não as Escrituras e sim seus preceitos fantasiosos, que mergulharam a maioria dos europeus (e América Latina) nas águas do misticismo, é que "ditaram as regras" enquanto perdurou seu poder na Idade Média.
A Carta aos Hebreus nos diz:
"Havendo Deus, outrora, falado, muitas vezes e de muitas maneiras, aos pais pelos profetas,
nestes últimos dias, nos falou pelo Filho, a quem constituiu herdeiro de todas as coisas, pelo qual também fez o universo.
(Hb.1.1,2)
E quem é o Filho? O Filho, Jesus Cristo, é a Palavra.
" No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. Ele estava no princípio com Deus. Todas as coisas foram feitas por intermédio dele, e, sem ele, nada do que foi feito se fez." (Jo.1.1-3)
Aqui abro um pequeno parêntese:
na Língua Portuguesa, a função do verbo é, em última análise, dar sentido à sentença, tornando-a perfeitamente compreendida. É em torno dele que as orações e períodos ganham significado, conferindo-lhes riqueza de expressão, sendo assim o elemento de importância crucial no nosso idioma.
Resumindo o pensamento acima, ficaria mais ou menos assim:
JESUS=>VERBO=>PALAVRA=>ESCRITURAS=>AUTORIDADE=>IGREJA
Portanto, as Escrituras têm sim autoridade sobre a Igreja, pois que esta é o Corpo de Cristo, e é através delas que o Salvador fala ao Seu povo de maneira direta, precisa e divina. São a mensagem original de Deus, e o único testemunho infalível da Sua graça remidora.
2. O Movimento Carismático enfatiza o Espírito Santo enquanto a Bíblia diz que o mesmo glorifica Jesus.
Erro grosseiro facilmente refutado.
" Ele [o Espírito Santo] me glorificará, porque receberá do que é meu, e vo-lo há de anunciar." (Jo.16.14)
O Espírito Santo veio para:declarar a verdade sobre
Cristo (Jo16.13-14); conceder aos cristãos poder para testemunhar (At.1.8); derramar o amor de Deus
(Rm 5.5); interceder (Rm 8,26); dar a inspiração para que as Escrituras Sagradas fossem escritas (2Tm 3.16; 2Pe 1.21); distribuir dons para o ministério (1Co 12.4-11); dar aos cristãos
características para viverem
piedosamente (Gl 5.22-23); fortalecer os cristãos posteriormente (Ef 3.16).
"Parte do seu ministério é selar os
cristãos no momento em que passam a ter fé salvadora em Jesus Cristo. O termo 'selar' inclui quatro verdades. Ele é provisão de segurança, sinal de propriedade, certificado de autenticidade e sinal de aprovação (Ef 4.30). De fato, a presença do Espírito Santo na vida cristã é a evidência suprema, tanto para o cristão como para outros, da verdade daquilo em que passou a crer. Além disso,
ele é a prestação inicial e oferece tanto antecipação da herança espiritual do cristão como reivindicação legal para o total da herança no futuro."
3. Maria é medianeira entre Deus e os homens, através dela podemos ter acesso ao Pai e ao Filho .
Maria não é a medianeira, ou mediadora, entre o Eterno, o Filho e os homens. Foi sim uma serva de Deus, escolhida para ser a progênitora do Salvador, a bem-aventurada, a fim de se cumprir a profecia de Isaías 7.14:
“Portanto o Senhor mesmo vos dará um sinal: eis que uma virgem conceberá, e dará à luz um filho, e será o seu nome Emanuel.”
O Evangelho de Mateus relata o nascimento de Cristo, evento o qual confirma a palavra dada ao profeta veto-testamentário:
" Ora, o nascimento de Jesus Cristo foi assim: estando Maria, sua mãe, desposada com José, sem que tivessem antes coabitado, achou-se grávida pelo Espírito Santo."
(Mateus 1.18)
O cântico da mãe de nosso Salvador é um exemplo clássico do papel dela no plano do Eterno. Seu alcance profético é simplesmente maravilhoso (leia Lucas 1.46-55).
A humildade dela também se evidencia nas bodas de Caná.
"Ao terceiro dia depois disto houve um casamento em Caná da Galiléia, e achava-se ali a mãe de Jesus; e foi também Jesus convidado ao casamento com seus discípulos. Tendo acabado o vinho, a mãe de Jesus disse-lhe: Eles não têm mais vinho. Respondeu-lhe Jesus: Que tenho eu contigo,
mulher? ainda não é chegada a minha hora. Disse sua mãe aos
serventes: Fazei o que ele vos mandar." Jo.2.1-5
A ICAR deliberadamente atribui à Maria aquilo que cabe apenas ao seu Filho, a saber, a intermediação entre Deus e a humanidade efetivada no seu sacrifício. Como está escrito: "Porque há um só Deus, e um só Mediador entre Deus e os homens, Cristo Jesus, homem, o qual se deu a si mesmo em resgate por todos, para servir de testemunho a seu tempo." (I Tm. 2.5,6)
Veja: não se procura aqui desmerecer ou diminuir Maria (até porque seu nome está registrado na História e na Bíblia), mas sim desfazer [ou ao menos tentar] o equívoco intencional criado pela ICAR .
Portanto, a esfera de ação da mãe de Jesus, que fique claro, circunscreveu-se a dar a luz ao Reconciliador de todo o homem com o Pai, criá-lo e educá-lo no intuito de, no tempo certo, vir proclamar as boas novas da salvação, trazendo-nos de volta à presença do Eterno.
4.A Renovação Carismática diz receber o batismo no Espírito Santo, afirmam que falam línguas estranhas, que são pentecostais.
Não existe batismo no Espírito Santo dentro da ICAR, menos ainda na Renovação Carismática, pelo simples fato de que os católicos não crêem em Jesus como o verdadeiro, único e suficiente Salvador, posto que é ele quem batiza.
"E João testemunhou dizendo: Vi o Espírito [Santo] descer do céu como pomba e pousar sobre ele. Eu não o conhecia; aquele [o Pai], porém, que me enviou a batizar com água me disse: Aquele [Cristo] sobre quem vires descer e pousar o Espírito, esse é o que batiza com o Espírito Santo." (Jo. 1.32,33)
E para ser batizado, é necessário crer no Salvador.
"Quem crer em mim, como diz a Escritura, do seu interior fluirão rios de água viva. Isto ele disse com respeito ao Espírito que haviam de receber os que nele cressem." (Jo. 38,39)
(continua)


Fonte:
http://www.baptistlink.com/creationists/confuca.htm
http://www.padremarcelotenorio.com/2011/07/rcc-origem-e-catolicidade-i.html?m=1
http://www.solascriptura-tt.org/Bibliologia-InspiracApologetCriacionis/AutoridadeSupremaEscrituras-PAnglada.htm
http://www.portugues.com.br/gramatica/verbos.html
http://estudos.gospelmais.com.br/o-espirito-santo-glorificando-a-jesus-cristo.html

terça-feira, 27 de maio de 2014

MOVIMENTOS PENTECOSTAIS: UMA GRAVE DISTORÇÃO DAS ESCRITURAS (Parte 6)

RENOVAÇÃO CARISMÁTICA CATÓLICA (RCC)
A Renovação Carismática, iniciada na década de 60, nada mais é do que a imitação do movimento pentecostal, tendo como objetivo principal atrair os fiéis, agora embandeirados nas fileiras das igrejas evangélicas, de volta à Igreja de Roma. Na verdade, verifica-se que nenhum dos dogmas da ICAR sofreu qualquer tipo de alteração, a ponto de alguma delas ser suprimida; quando muito, houve apenas ajustes superficiais, de modo a não afetar substancialmente a prática católica. Conforme a Wikipédia, este movimento espalhou-se por todo o mundo a partir dos EUA; influenciada pelo Movimento Carismático episcopal protestante, ligado à Igreja Anglicana, seu viés é inteiramente ecumênico, apesar de, como dito anteriormente, manter inalterados seus dogmas.
A RCC fundamenta-se mais na
experiência pessoal com Deus e menos na leitura e compreensão das Escrituras (tal qual o movimento pentecostal).
Característica e doutrina
A RCC afirma seguir a Bíblia, o Catecismo, a intercessão dos santos e a veneração mariana. Nas reuniões dos Grupos de
Oração, encontros e retiros há o louvor e a adoração; são realizadas empolgadas pregações e palestras. Em fidelidade à Igreja, apregoa ser o pecado a  fonte de todos os males existentes na sociedade. Portanto, ganância,  egoísmo, soberba, vícios, mau uso da liberdade tornam-se suas consequências [de acordo com a visão católica].
CRÍTICAS À RENOVAÇÃO CARISMÁTICA
A RCC nem sempre foi bem vista dentro da própria ICAR. Muitos teológos tecem críticas, por vezes ácidas, a esse movimento, chegando a denominá-lo de herético. Concordam que a RCC vai de encontro às doutrinas católicas.
"É claro que a prática carismática como ensina a RCC inexiste na Igreja. Ao revelar-se, desde Abraão até S. João Evangelista, Deus Nosso Senhor nos deixou tudo o quanto nos era necessário à salvação. É o que a Igreja chama de Depositum Fidei, de forma que dele se tira tudo e nele tudo o que é perfeitamente católico." (padre Marcelo Tenório)
No blog da Associação Santo Atanásio há um texto que começa assim: "Nosso objetivo é provar
que esse movimento é de origem herética e protestante que se
infiltrou dentro da Igreja e tem causado rastros de destruição.
Queremos, com a graça de Deus, demonstrar que os católicos não podem participar dessas reuniões por serem contra a Doutrina Imutável da Igreja. Se alguém, leigo ou clérigo, não concordar com os artigos aqui publicados, pedimos para que apresentem seus argumentos em favor desta seita. Mostrem e provem, com argumentos sólidos, da Sagrada Escritura, do Magistério, dos doutores e teólogos a catolicidade desse movimento." (ênfases nossas) O mais interessante e revelador está neste texto de Pe. Serafim Rose (1934-1982), monge ortodoxo da antiga tradição: "'espetacular renovação carismática' dos dias atuais não é
apenas um fenômeno que envolve excesso de emocionalismo e revitalização protestante — embora esses elementos estejam também fortemente presentes — mas é o trabalho de um 'espírito' que pode-se invocar para operar
'milagres'. Questão que tentaremos responder (...) é quem ou o que é este espírito? Como cristãos Ortodoxos nós sabemos que não é apenas Deus que opera milagres — o demônio tem seus próprios 'milagres', e de fato ele pode e imita virtualmente todo milagre genuíno de Deus." (ênfase nossa)
Como se vê, nem mesmo entre eles há concordância acerca da Renovação Carismática, pois que fere dogmas tradicionais católicos.
REFUTANDO A RCC À LUZ DAS ESCRITURAS
A refutação não abrangerá o arcabouço doutrinário da ICAR. Isto será tratado em ocasião futura. A abordagem visitará sim alguns pontos cruciais, naquilo que toca à Obra do Espírito Santo.
(continua)
Fontes:
http://pt.m.wikipedia.org/wiki/Renovação_Carismática_Católica
http://www.padremarcelotenorio.com/2011/07/rcc-origem-e-catolicidade-i.html?m=1
http://associacaosantoatanasio.blogspot.in/2013/02/a-renovacao-carismatica-catolica.html?m=1
http://www.fatheralexander.org/booklets/portuguese/charismatic_revival_s_rose_p.htm

quarta-feira, 21 de maio de 2014

MOVIMENTOS PENTECOSTAIS: UMA GRAVE DISTORÇÃO DAS ESCRITURAS (Parte 5)

A ORIGEM DOS PENTECOSTAIS
DA SEGUNDA GERAÇÃO
A partir de 1950 multiplicou-se o número de denominações pentecostais. Esse fato deve-se
principalmente pelas incentivadas cruzadas nacionais de evangelização que percorreram todo o país. Usavam-se tendas
como templos improvisados e grandes anúncios nas rádios da época. Esse período é conhecido como a segunda geração de
pentecostais. Foi assim que nasceu a IGREJA DO EVANGELHO
QUADRANGULAR.  Fundada no Brasil pelo missionário americano Harold Williams em 1953 na cidade de São Paulo, foi
inovadora em alguns pontos cruciais do pentecostalismo como, por exemplo, não serem tão intransigentes no uso de roupas e  cabelo como os assembleianos e as cristãs. Os cultos eram ainda mais desorganizados que o de seus antecessores. Deixando o preceito bíblico de  I Tm 2.8-13, ordenam mulheres para o ministério, conferindo-lhes o título de pastoras. Seus templos estão situados principalmente no Sul e Sudeste do país.
A febre do pentecostalismo estava a todo vapor, naquela época. Em 1956 o ex-pastor assembleiano e depois quadrangular, Manuel de
Melo, iniciou uma divisão nestas duas igrejas. Assim surgiu a IGREJA O BRASIL PARA CRISTO. Esta igreja foi um pouco mais
rígida que a Quadrangular e um pouco menos exigente que a Assembléia. Seu crescimento foi espantoso. Na época áurea de Manuel de Melo chegou-se a
ordenar mais de trezentos pastores num só dia (a maioria ex-presbíteros da Assembléia de Deus).  Tiveram o maior
templo protestante no Brasil na cidade de São Paulo. Seus programas de rádio eram amplamente ouvidos em todo o país. Houve um tempo em que mais de um milhão de membros já foram registrados. Na última
pesquisa, porém, o número foi de 197.000. Com a morte do missionário o trabalho deixou de ter o crescimento expressivo que marcou o seu início. Tem perdido
muitos membros para as divisões das assembléias e para as demais igrejas neopentecostais. Estas continuaram a rachar.
Em 1960 surgiu a IGREJA NOVA
VIDA no Rio de Janeiro. O missionário David Martins Miranda, que tem origem assembleiana, deixou-a e fundou a IGREJA DEUS É AMOR em 1962. Esta igreja ainda está em ascensão.
Cresce muito entre a população mais carente do país.
O fato de seu fundador e líder ainda estar vivo ajuda muito a sua propagação. Seus programas de rádio têm grande audiência entre a camada mais pobre, e principalmente, os moradores da zona rural. Muito parelha a esta igreja em doutrinas e costumes é a IGREJA SÓ O SENHOR É DEUS, cujo fundador é o missionário Miranda Leal, tido como primo de
Davi Miranda. Sua sede localiza-se em Maringá, no Paraná, e seus templos, quando construídos por Miranda Leal, possuem a forma de uma Arca, como a de Noé.
Em 1964 surge A CASA DA BENÇÃO, fundada pelo missionário Doriel de Oliveira. É quase inexpressiva nas cidades de
pequeno porte, mas é bem representada nos grandes centros. Esta igreja até hoje costuma usar tendas improvisadas como templos para iniciar seus trabalhos.
OS NEOPENTECOSTAIS
Neopentecostalismo é o nome que se dá aos pentecostais da terceira geração. São deste modo
chamados porque diferem muito dos pentecostais históricos e dos da segunda geração. Realmente é um novo pentecostalismo. Não
se apegam à roupas, televisão, a usos e costumes, e têm um jeito
diferente de falar sobre Deus. Dualizam a esfera espiritual dividindo-a entre Deus e o Diabo. Para eles o mundo está completamente tomado por demônios, e é sua função expulsá-los. Pregam a teologia da prosperidade. Pobreza, na sua concepção é coisa de Satanás; doença só existe em quem não
acredita em Deus, sendo de origem demoníaca, para variar. Seus cultos são sempre emotivos
objetivando uma libertação
do mundo satânico. Em muitos pontos pode-se dizer que suas doutrinas são bem parecidas com as doutrinas das religiões orientais, tais como Seicho-No-E,
induísmo e budismo. Para
eles o crente não pode sentir dor,ser humilde ou estar fraco.
Este movimento começou no
início da década de 1970. Seu crescimento deve-se, em grande medida aos programas de rádio e televisão, nos quais, devido ao anúncio de curas e milagres, obtiveram grande audiência. Os ouvintes e telespectadores geralmente são recrutados para dentro de suas igrejas. O sistema de testemunho é forte, e isso certamente encoraja outros a tomar o mesmo caminho.
No Brasil a igreja neopentecostal de maior expressão é a UNIVERSAL DO REINO DE DEUS (IURD). Conta com mais de dois mil templos em todo o Brasil e é a terceira maior igreja evangélica do país, ficando atrás apenas da Assembléia de Deus e da Congregação Cristã.
Fundada em 1977 pelo bispo Edir
Macedo, procura estabelecer um sistema episcopal como o católico.
Possui um forte esquema de
comunicação, que é indubitavelmente, um fator de peso na divulgação e crescimento de seus trabalhos.
Depois da Universal a maior igreja neopentecostal no Brasil é a IGREJA INTERNACIONAL DA GRAÇA. Esta igreja foi fundada em
1980 pelo missionário R. R.
Soares, cunhado de Edir Macedo, no Rio de Janeiro. Na intenção de imitar o trabalho de Kenneth Hagen (um dos maiores televangelistas dos EUA), Soares investe maciçamente na apresentação de seus programas. Outra igreja forte no ramo neopentecostal é a RENASCER EM CRISTO, que dá atenção especialmente à camada alta da sociedade. Há pouco tempo quase
comprou uma rede de televisão; esteve envolvida em denúncia de lavagem de dinheiro. Seu fundador autodeclara-se "apóstolo".
AS DIVISÕES DO PENTECOSTALISMO
Os pentecostais alegam que o aparecimento do Espírito Santo dentro das igrejas surgiu como resposta de Deus ao modernismo teológico. Isto significa, conforme tal concepção, que o Espírito Santo não agia nas igrejas por quase dois mil anos? Poucos sabem, ao afirmarem algo assim, que quando os pentecostais estavam renovando os trabalhos batistas no começo do século, estes mesmos "crentes frios", davam suas vidas em
campos missionários de todo o mundo. Antes de dividir as igrejas de Jesus, seria bom que lessem
Provérbios 6,19.
OS BATISTAS RENOVADOS
A renovação das Igrejas Batistas no Brasil enquanto denominação começou no ano de 1958. Até o ano de 1965, quando realmente houve a divisão, muitas reuniões
foram realizadas  no intuito de evitar o racha nas Igrejas Batistas de todo Brasil.
O iniciador do movimento divisório no Brasil foi um pastor da Igreja Batista de Vitória da
Conquista chamado José Rego do Nascimento. Era um grande orador e logo conseguiu adeptos e conquistar algumas pessoas de nome para o seu movimento. Foi o caso do pastor Enéias Tognini,
pastor da Igreja Batista de
Perdizes. Essa união de forças levou o caso a ser analisado várias vezes. Houve muitas reuniões de
um comitê organizado para este fim, formado por 11 membros, buscando uma solução conciliadora para a questão pentecostal dentro das igrejas batistas. A decisão estabeleceu que: "A atuação do Espírito Santo na vida dos crentes se faz através de um processo chamado santificação progressiva; que
manifestações emotivas, por mais sinceras que sejam, não podem ser apresentadas como um padrão a ser seguido por todos; que a ênfase dada à doutrina do batismo no Espirito Santo tem causado reuniões barulhentas,
carregadas de emocionalismo e provocado manifestações de orgulho espiritual, bem como
proselitismo de crentes que não adotam tais idéias." Isso aconteceu em 1963.
Em 1965, ao realizar-se a Convenção em Niterói, com 3.035 mensageiros, a preocupação maior era a grande Campanha de
Evangelização marcada para o mesmo ano. No plenário mais uma vez surgiu o problema da renovação. O presidente, vendo que isso atrapalharia a campanha,
pediu que a questão fosse resolvida no ano seguinte. Porém a intransigência dos reavivalistas
precisou ser resolvida naquela mesma convenção. Decidiu-se então pela exclusão da comunhão das igrejas renovadas. Só naquele ano, mais de trezentas igrejas se
rebelaram e tiveram que ser
excluídas. Juntas formaram a CONVENÇÃO BATISTA NACIONAL. Desta feita, pela primeira vez, houve uma divisão entre os batistas brasileiros como um grupo.
Adaptado de http://solascriptura-tt.org/Seitas/Pentecostalismo/PentecostaisNeoPCarismaticos-GilbertoStefano.htm
(continua)

sexta-feira, 9 de maio de 2014

MOVIMENTOS PENTECOSTAIS: UMA GRAVE DISTORÇÃO DAS ESCRITURAS (Parte 4)

As pessoas se desesperaram [não poderia ser diferente], procuraram cada um uma Igreja
protestante mais próxima. Para os brancos, havia variadas possibilidades de escolha,
todavia, aos Afro
Americanos, restaria apenas um
endereço: Rua Azusa, número 312.

Se para muitos, o terremoto de 1906 e suas consequências foram
terríveis, para a Igreja de William Joseph Seymour foi uma dádiva, pois seu público agora não cabia no templo. Assim, o movimento da Rua Azusa logo se espalhou no meio dos crentes como um
acontecimento esperado naquela virada do século. Não somente os negros procuravam se aproximar, também os brancos, aqueles que   antes do terremoto não
aceitavam os negros nos templos, agora corriam juntos, aos montes, para a Rua Azusa! Afinal o esperado avivamento, d'antes elucidado pelos movimentos anteriores como os Holiness
movement e a Teologia
dos Dispensacionalismo, estava se concretizando,  e o terremoto fora o sinal de Deus. Diziam eles:"Deus escolheu o avivamento
da Rua Azusa como o catalizador da ação do Espírito Santo sobre os
homens nos últimos dias!"

Alguns pastores tradicionais deram as costas ao movimento;
por outro lado, seus
membros não faziam o
mesmo. E o êxodo religioso aumentava, enquanto William Joseph Seymour pregava: "O Deus
que eu sirvo é aquele que
exalta os humilhados".

Compreender o que acontecia naquele momento não exige demasiado esforço mental.

Na virada do século ainda
não havia todos os meios de comunicação tal como os conhecemos hoje.
Televisão, Rádio e Internet eram algo impensável naqueles tempos. O máximo de informação obtida advinha dos jornais. Estes
não davam informações de locais
muito distantes, apenas da
sua própria cidade.  As pessoas também tinham pouca instrução,
muitos nem ler sabiam;
apavoravam-se por qualquer motivo. O que ocorreu,  porém, foi o maior terremoto na história
Americana. A população achava que o mundo estava acabando. Ora, o movimento religioso daquela época vinha cozinhando na ideia delas a informação de que o mundo iria acabar e que
precisavam se consertar com Deus. Aquele movimento, gerado duas décadas antes experimentava o seu auge. Na verdade, as pessoas esperavam um movimento do Espírito
Santo, no entanto desconheciam
como ele viria. 
No momento em que uma senhora começa a falar um idioma totalmente diferente no meio da congregação, as pessoas
logo chegaram a conclusão de que era o idioma colocado pelo Espírito Santo. A partir dali qualquer língua, idioma ou dialeto
que se falasse na congregação, as pessoas inferiam que eram línguas estranhas, línguas dos
anjos. [Obviamente, por força das circunstâncias, sob transe hipnótico, os fiéis produziam sons parecidos às língua maternas, o que juntos e sem ordem, conferiam a aparência de línguas estranhas aos demais, dando credibilidade a Seymour].

Após o terremoto, o número de visitantes da Rua Azuza só aumentava. Ao presenciar a "manifestação", eles desatavam a falar de qualquer jeito.

O fato é que a história comprova, e os próprios documentários feitos pelos religiosos protestantes testificam que realmente, na gênese do movimento, falava-se idiomas
de outras nações [não propriamente idiomas, mas sim tentativas]. Com o tempo, o genuíno passou a não ser mais tão genuíno. E os brancos deram a conotação de línguas dos anjos.

A aproximação dos
brancos revelou-se bastante propícia. Testemunhas do terremoto, chegaram à conclusão [devido à real falta de informação] de que efetivamente era o fim do mundo, ao mesmo tempo que eles deveriam correr para uma igreja onde o derramamento do Espírito Santo estava realmente
acontecendo.  O local: a Rua Azusa.

Inicialmente os pastores das igrejas tradicionais não deram importância. Todavia, ao perceberem que seus membros estavam migrando para a Rua Azusa, eles também procuraram William Joseph Seymour pedindo para pastorearem os membros da Rua Azusa.

*Adaptado de Rubens Sodré, Verdade Oculta, que se encontra em http://sao163877.blogspot.in/2013/09/aconteceu-na-rua-azuza-verdade-sobre-o.html?m=1

(continua)

quarta-feira, 7 de maio de 2014

MOVIMENTOS PENTECOSTAIS: UMA GRAVE DISTORÇÃO DAS ESCRITURAS (Parte 3)

E ali, surge também um
outro nome importantíssimo da
história. Talvez, o mais importante do movimento pentecostal, de todos os tempos: William Joseph Seymour. Filho de escravos trazidos da África, em 1895 com 25 anos de idade mudou-se para Indianópolis , onde
inicialmente exercia a função de garçom, depois de vendedor e frequentava a Igreja Metodista
Episcopal de Indianópolis .
Em 1905, Seymour mudou-se para
Hilston onde passou a frequentar a recém formada escola bíblica de
Charles Fox Parham, na qual ele não podia entrar por ser negro. Permanecia no corredor.

Uma mulher chamada Lucy Farrel visitou a escola de Hilston. Teve uma experiência de batismo no
Espírito Santo e falou em língua estrangeira. Ali conheceu William
Joseph Seymour e o convenceu a tentar a vida em Los Angeles,  onde a força do preconceito racial
era ainda maior. Ali vivia também um número enorme de Latinos.
O homem de Deus tentou levar para as Igrejas daquele local a doutrina com a qual tivera contato
quando estava em Hilston. Talvez pela ideia partir de um negro, o ato de falar em línguas ironicamente não fora bem recebido exatamente pelos pastores de Los Angeles que
pouco tempo antes viajaram
ao País de Gales a fim de aprender e tentar, sem sucesso,
implementar a doutrina do
derramamento iminente do Espírito Santo na sua região.

William Joseph Seymour foi expulso das Igrejas, acusado de
herege. Procurou outras menores de onde acabava sempre expulso,
sob a acusação de promover confusão entre os membros. Se antes, como discípulo, podia
estar ao menos no corredor da Igreja de onde ele morava, agora na nova cidade não era permitido
nem que houvesse um contato com os crentes, mesmo do lado de fora, pois sua doutrina (trazida do Texas) era vista como semente do mal.

William Joseph Seymour se uniu a outros negros e latinos, também discriminados e renegados pela religião. Logo, começou a fazer
cultos na própria residência. Os mesmos chegavam a durar três dias e três noites, atraindo muito mais pessoas do que a casa podia comportar. O que mais havia naqueles cultos eram línguas estranhas. A explicação é simples: os moradores dos bairros adjacentes foram recém trazidos de várias partes diferentes da África, onde se falavam [e continuam falando] centenas de dialetos e como eram as primeiras e segundas gerações de africanos, eles estavam bem familiarizados com os seus idiomas nativos.

As línguas estranhas

O fato de que na África os negros vivem isolados uns dos outros,
fez, por força da natureza, com que cada grupo ou tribo de cada
localidade falasse seu próprio dialeto ou idioma; nesse momento, portanto, estavam tendo uma oportunidade enorme, criada por Seymour de formar uma reintegração social através da religião. Assim, se juntavam cada vez mais negros ao grupo e cada um em sua oportunidade
concedida, podia falar no seu dialeto, desde que houvesse alguém que pudesse traduzir para o inglês, a língua a qual todos
podiam compreender.
O grupo crescia. Rapidamente a casa ficou pequena e William Joseph Seymour passou então a
realizar os cultos em diversas residências as quais igualmente terminariam por se tornar pequenas. Afinal, em toda reunião, mais pessoas a quem nunca tinha sido dada a oportunidade de se expressar agora poderiam falar em público para seus irmãos nas reuniões;
podiam também cantar, contar testemunhos sobre experiências de familiares e antepassados como também histórias do seu povo.

Desse modo o interesse social
dos negros aumentava pelas reuniões. É fácil entender as razões, a saber:
1 - Liberdade de expressão
no culto;
2 - Vez e voz para as
mulheres (coisas que elas
não tinham nem mesmo
no seio político e social da
sua época);
3 - Tudo isso, reforçado
pela fé de estar fazendo
algo, para Deus.

Os negros, pela primeira vez, tiveram a oportunidade de se
expressar.

Ao longo da História Norte
Americana, não se tem notícias de um período anterior à Rua Azusa, no qual sobretudo a comunidade feminina podia falar em público. As pessoas corriam para os cultos de William
Joseph Seymour e os motivos podem ser muito facilmente percebidos. Na questão mística -
Buscar um Deus que proporcionava melhor vida aos brancos; na questão social - O povo podia se expressar, conversar com os seus semelhantes, colocar as suas opiniões. Isso, claro, atrairia um
número considerável de fiéis, não precisaria de nenhum milagre para fazer isso acontecer.

A Famosa Rua Azusa

Com os cultos realizados de casa em casa, concomitante a crescentes adesões, não demorou
para que se cotizassem entre os irmãos e conseguissem dinheiro
suficiente para a compra da sua própria Igreja.
Havia ali próximo uma Igreja Metodista a qual não tinha se contextualizado com aquele momento religioso e estava fechada há alguns anos. Seus donos aceitaram a oferta de
compra.

Não houve reforma prévia do templo. Do do jeito que estava, passou a ser utilizado pelos afro americanos. Sentados nos bancos de tábua ou em pé entre materiais de construção, fiéis rendiam sua adoração, cheias do Espírito Santo. A Igreja foi então nomeada "Missão Evangélica da Fé Apostólica" onde todos eram bem-vindos.

Os primeiros brancos

As negras, que agora
podiam adorar a Deus, tendo voz
nos cultos, contavam às patroas sobre sua igreja. Desta feita os brancos começaram a frequentá-la, especialmente as mulheres. Elas, a seu turno, convenciam os maridos a acompanharem-nas.
Todos estes podiam testemunhar a ação do Espírito Santo, batizando a todos no momento da oração coletiva, onde a variedade de "línguas estranhas" era incontável.

Deus envia um Sinal

Precisamente às 5:12h da manhã
(horário local), em 18/04/1906, um imenso terremoto sacudiu e
acordou abruptamente os moradores da área de São Francisco. As ondas de choques violentos pontuaram o forte tremor que durou cerca de 60
segundos.
O terremoto foi sentido do sul do Óregon, até o sul de Los Angeles e a 70km em direção elevada. Foi o terremoto mais destrutivo da história Norte Americanda, 8.3 na escala Rischter.
Um incêndio devastador alimentado por tubulações de gás rompidas pelo terremoto ampliou os danos; cerca de 700
pessoas estavam mortas, nos 514 quarterões da cidade.
Rapidamente, folhetos protestantes,  que partiram de algum lugar, inundaram as
caixas de correios das casas por toda a Califórnia. Nele estava escrito: É UM AVISO DE DEUS E DE
SEU BREVE JULGAMENTO!

(continua)

segunda-feira, 5 de maio de 2014

MOVIMENTOS PENTECOSTAIS: UMA GRAVE DISTORÇÃO DAS ESCRITURAS (Parte 2)

O Movimento da Rua Azuza:

Hoje me deterei um pouco mais sobre O Movimento da Rua Azuza para que você tenha melhor compreensão acerca de onde e em qual época o pentecostalismo moderno começou. Claro que isso teve raízes em anos bem anteriores, além de todo um contexto sócio-econômico-espiritual subjacente, de cujo conteúdo não se deve prescindir.

*O final do século XIX assistiu à grande Revolução Industrial. As
pessoas se tornavam parte das engrenagens industriais; a lacuna entre ricos e pobres aumentava, e a Igreja tinha o dever de preparar os seus fiéis para servirem agora os interesses do avanço no progresso proporcionado pela Revolução Industrial.

Nesse tempo, os negros
não eram aceitos como
membros das Igrejas,
porque não tinham
dinheiro.

Até mesmo grupos comuns e tradicionais, como os Batistas e os Metodistas, enfatizavam os bens materiais acima do interesse de uma vida futura na eternidade. Graças ao método de evangelização de Fina e Ludy, as Igrejas estavam cheias! Porém, faltava algo aos que professavam o
Cristianismo Protestante, uma mola para impulsionar a religião, na mesma proporção da Revolução
Industrial que escravizaria para sempre os mais humildes e das diferenças sociais que só se
acentuavam.
O avivamento da Rua Azuza foi um canivete suíço para sua época.Pois serviu como anestesia para uma série de problemas sociais!

No final do Século XIX (por
volta de 1880), o movimento Holiness (Santidade, em português) foi o primeiro passo na direção do avivamento, essas
agitações, especialmente na Igreja Metodista, buscavam uma segunda Bênção Divina na qual os
crentes seriam santificados para viverem mais próximos de Deus.
Estes ensinamentos diziam aos fiéis: 1 -  " Caminhe no poder concedido pela ressurreição de Cristo ", 2 -" Santifique-se, Cristo irá reinar em sua alma! ". Não
aconteceu nada mais radical ali.  Apenas mais uma fórmula, a fim de se consolidar a fidelidade das pessoas à religião.

Não imaginavam, porém, que seria um forte motivo para impulsionar o grande avivamento que estava por vir!

O INCENTIVO
Neste mesmo período, apareceu Jhon Nelson Darby defendendo a
teologia do Dispensacionalismo que pregava o fim do mundo
iminente antes do ano 2000. A virada do século fez com que a doutrina pré-milenarista ficasse conhecida. Começou-se a propagar a ideia de um século Cristão, no qual a Igreja e tecnologia prenunciariam o Reino de Deus. Os pré- milenaristas, no entanto, afirmavam que o fim dos tempos estava próximo, pois seria
caracterizado como fora profetizado, pelo romper de Uma imensa Atividade Espiritual .
Derby não sabia, mas seus ensinamentos, amplamente difundidos naquela época, iriam desencadear o mais significativo advento Protestante até os dias de hoje.
                       o o o

No primeiro ano do Século XX, um jovem chamado Evan Roberts, que trabalhava em minas de ouro, passou a viajar por todo o País de Gales e mais tarde pelo mundo,
proclamando o ministério do grande avivamento promovido pelo Espírito Santo, que iria surgir
naqueles dias. Seu discurso era: "Todos os crentes serão revestidos
de poder, pois somos a última geração; e assim por esses dias, o
reavivamento do Espírito Santo será derramado entre nós! "
Nesta época, o falar em línguas estranhas ainda não fora citado, mas apenas um grande despertar espiritual.

O interesse do sistema era  promover o inconformismo das
pessoas (afinal, muitas delas ficaram desempregadas, face aos recentes resultados da Revolução Industrial). Contribuiu para a  aceleração da segregação e desigualdade social. Este foi o comburente, o combustível que
inflamaria de uma vez por todas o processo da necessidade de se santificar, já que o último
século na terra estava começando, e, por aqueles dias, iria se consolidar com o derramamento do Espírito sobre toda a carne! Tais ingredientes reunidos incendiaram o protestantismo.
John Alexander Dowie, movido por esse incêndio que inflamou os crentes de sua época, passou a
afirmar que ele próprio era o Elias, o restaurador. Estabeleceu a  comunidade Cristã. A influência foi tão grande que a sua localidade passou a se chamar Sião, no estado de Ilinois (Zion, Illinois ).

Neste período, o processo religioso protestante, que sempre viveu de novidades, apostava numa nova doutrina denominada de "A doutrina da Santificação".Era pregado em todos os cultos que as pessoas deveriam agora
promover um segundo passo, a sua santificação (o primeiro seria a salvação alcançada na morte de Jesus). Também se fazia necessária a separação do mundo permanecendo mais tempo dentro dos templos, pratícando orações e liturgias. Esse movimento de santificação pregava que o motivo dele ter sido inciado é que haveria pouco tempo pela frente...
Logo depois, aparece um jovem que apostou num investimento financeiro seguro: pregar a novidade por todos os países onde
ele pudesse ir com o dinheiro que já havia recolhido, cavando ouro junto com seus familiares
e seus pais.

                      o o o

Isso seria útil também para os senhores do mundo, os Illuminati.
Cada vez teriam o povo mais em suas mãos, por estarem mais preocupados com a salvação eterna, do que resolver os problemas sociais imensos naquela época!

Como a doutrina era imediatista, algumas pessoas aproveitavam a
conjuntura para fazerem bastante dinheiro. Surgiram muitos Elias
prometidos para preparar o
caminho antes da volta do
Senhor. Evidentemente estes
"Elias" formaram
verdadeiras comunidades. Enriqueceram-se tanto a ponto de alguns locais da região onde eles moravam serem batizados mais
tarde com os seus nomes
ou o nome daquela missão
que fora ali implantada,
como Comunidade Sião e Comunidade Siló (fazendo alusões a locais descritos no Velho Testamento). Enquanto isso, no Estado do Meine , Frank Sandford
também afirmava que era
o Elias (o restaurador),  vindo a estabelecer uma comunidade em Siló a fim de esperar o revestimento do Espírito Santo e que deveria converter o número máximo de pessoas antes do mundo acabar no último século.

Em 1903, Charles Fox Parham passou cerca de seis meses em Siló. Ele era um pregador Metodista da linha dos Holiness movement , oriundo do Kansas
e procurava a nova fé que aparecera. Juntamente com
sua esposa, fundou uma casa de purificação, emTopeka, onde as pessoas poderiam permanecer gratuitamente enquanto oravam pela vinda da unção divina do
último século. Em dezembro daquele mesmo ano, quando se reuniram no culto de vigília do ano novo, eles obtiveram a resposta: O batismo com o
Espírito Santo seria manifestado pelo dom de línguas!
Aconteceu que Agnes Ozman orou para receber o Espírito Santo, e a glória do Senhor caiu sobre ela!
Como depois definiu Parham dizendo: "Um halo parecia cercar a
sua cabeça e seu rosto, e
ela começou a falar o idioma chinês, tornando-se incapaz de falar seu idioma natural (Inglês) por três dias!" No mês seguinte, a maioria das pessoas naquele local
também conseguiu falar esta língua estranha (o chinês).
O esforços de Parham para espalhar o avivamento às cidades de Kansas e Laurens fracassaram. As Igrejas se opuseram e os jornais zombavam desse fato. Uma mulher teria sido curada depois de uma oração de Charles Fox Parham, o que o levou a ser convidado para promover um avivamento na cidade de Galena no Texas; este empreendimento foi bem sucedido! Em 1905, as reuniões pentecostais (ou do evangelho pleno) aconteciam no Missouri, no Kansas City e no Texas. O número de frequentadores alcançava o impressionante marca de 25.000 pessoas. Depois da campanha de Hilston em 1905, Parham fundou ali um trabalho. Um dos frequentadores chamava-se William Joseph Seymour.

SURGE O PAI DA CRIANÇA
Os E.U.A. havia recentemente saído da abolição da escravatura negra. Aconteceu que a mão-de-obra gratuita, cujo trabalho custava um prato de comida, já não era mais possível. Os próprios americanos não queriam mais trabalhar por baixos salários. A ideia foi trazer imigrantes asiáticos. Os navios chegavam lotados de chineses com suas famílias, para trabalharem nos serviços mais pesados. Afinal de
contas a mão-de-obra era muito barata e as leis trabalhistas ainda não existiam. Os homens trabalhavam nas construções das estradas de ferro, que eram a
maior fonte de emprego
naquela época; também eram a maior expressão de progresso nos E.U.A. E não só a Agnes Construtora de Estradas de Ferro que tinha empregados chineses, não. A maioria das mulheres americanas passou a ter empregadas domésticas chinesas, pois trabalhavam por baixos salários. Elas levavam consigo os filhos. Evidentemente comunicavam-se quase que exclusivamente no idioma pátrio. Portanto não é nada estranho
que Agnes Ozman soubesse um
pouco do idioma chinês.

(continua)