terça-feira, 26 de novembro de 2013

JIM JONES, A CIA, O FBI E A ICM: MK ULTRA E O USO DE MÉTODOS DE CONTROLE MENTAL BASEADO EM ABUSO E TRAUMA (Parte I)

Jim Jones é conhecido pela alcunha de "pastor da morte". Quem não lembra (dirijo-me especialmente aos mais velhos) da notícia do suicídio-assassinato de mais de 900 pessoas no manaaim de Jonestown, Guiana? Quem não lembra de assistir pela TV a cenas dantescas, do massacre cruel? Corpos espalhados, mulheres, homens e crianças? Deprimente, não é?
Sabem por que eles morreram? A resposta é óbvia porém preocupante: indução através de pesado controle mental mediante abuso e trauma.
Vocês me inquirirão: "Mas como?"

Para isto, preciso remontar aos anos 50/60 e ao Projeto MK Ultra, ou Projeto Monarch.

Projeto MK Ultra.

O que é?
A Programação Mental Monarch é uma técnica de controle da mente que compreende elementos de abuso em ritual satânico (SRA) e Transtorno de Personalidade Múltipla (MPD). Ele utiliza uma combinação de psicologia, neurociência e rituais de ocultismo para criar dentro dos escravos uma alter persona que pode ser acionada e programada por manipuladores. Escravos Monarch são usados por várias organizações ligadas à elite mundial em áreas como a militar, a escravidão sexual e a indústria do entretenimento (n.t. para disseminação de “novos comportamentos que levam a alienação geral e mais controle"). (1)
Ao contrário do que muita gente pensa, o controle mental não se iniciou nos EUA, e sim na Alemanha Nazista (1939-1945), com o médico Josef Mengele. Isso mesmo, o dos ensaios genéticos tenebrosos realizados em adultos e crianças, vindo aportar aqui  no Brasil para morrer feliz e em paz...




Documento de 1953 sobre o Projeto MK Ultra e utilização do alucinógeno LSD






Jovem garota testada pelo projeto do governo americano MK Ultra. 
Recebia doses maciças de LSD.



Cena bastante comum nas sessões de tortura para controle mental

Os métodos empregados no projeto MK Ultra de controle mental ultrapassam todos os limites do aceitável. São baseados em abuso e trauma.
A mente do ser humano é programada naturalmente a se desligar quando sofre esses abusos ou traumas. As recordações são prejudicadas. A percepção da realidade é totalmente alterada. O manipulador/programador então a compartimenta, de maneira que pode introduzir tantas alter-personas  quantas  desejar, sem uma tomar consciência da outra.  
Os mecanismos de controle mental são:
1. Abuso e tortura

2. Confinamento em caixas, gaiolas, caixões, etc, ou o enterramento (muitas vezes com uma abertura ou tubo de ar de oxigênio)

3. Contenção com cordas, correntes, algemas, etc

4. Quase-afogamento

5. Extremos de calor e frio, incluindo a submersão em água com gelo e substâncias químicas queimando

6. Película (apenas as camadas superiores da pele são removidos em vítimas destinados para sobreviverem)

7. Fiação

8. Luz ofuscante

9. Choque elétrico

10. Forçar a ingestão de fluidos corporais ofensivos e de matéria, tais como sangue, urina, fezes, carne, etc

11. Pendurados em posições dolorosas ou de cabeça para baixo

12. Fome e sede

13. A privação do sono

14 Compressão com pesos e dispositivos

15. Privação sensorial

16. Drogas para criar ilusão, confusão e amnésia, muitas vezes dada por injeção ou por via intravenosa

17. Ingestão ou injetar substâncias químicas tóxicas intravenosos para criar dor ou doença, incluindo os agentes da quimioterapia

18. Ter os membros (braços e pernas) puxados ou deslocados

19. Aplicação sobre o corpo de cobras, aranhas, larvas, ratos e outros animais para provocar o medo e nojo

20. Experiências de quase-morte, geralmente por asfixia ou afogamento, com reanimação imediata

22. Forçado a realizar ou testemunhar abusos, torturas e sacrifício de pessoas e animais, geralmente com facas

23. Participação forçada em escravidão

24. Abusada sexualmente, engravida e o feto é então abortado para uso ritual, ou o bebê é levado para o sacrifício ou para escravidão

25. Abuso espiritual para causar que a vítima venha a se sentir “possuída”, perseguida, e seja controlada internamente por “espíritos ou demônios”

26. Profanação das crenças e das formas de culto judaico-cristãs; dedicação a Satanás ou outras divindades

27. Abuso e ilusão para convencer as vítimas de que Deus é mau, como convencer uma criança que Deus tem abusado dela

28. Cirurgia para torturar, para experiência, ou para causar a percepção de explosões físicas ou espirituais ou implantes

29. Dano ou ameaça de dano a família, aos amigos, entes queridos, animais e outras vítimas, para forçar o cumprimento da obediência

30. Uso de ilusão e realidade virtual para confundir e criar divulgação não-credível (2)


Qual o objetivo do MK Ultra?
Basicamente para a utilização, pelas agências de inteligência americanas (FBI, CIA, Forças Armadas), de bodes expiatórios treinados em realizar tarefas de todos os tipos sem questionar, tais como assassinatos, massacres, violências. Esquecem-se de suas ações e, "que se descobertos, automaticamente cometem suicídio." (2)
Os experimentos de controle mental MK Ultra serviam para preparar soldados zumbis, treinar contra - insurgência, invadir nações consideradas inimigas. Forjavam escravos cujas vidas dariam pelo seu país sem saber o real motivo, apenas cumprindo ordens feito robôs (vide Guerra do Vietnam, Guerra do Golfo, por exemplo).
Quem eram os recrutados para o experimento?
Mendigos, crianças, pessoas com histórico familiar de abuso, mulheres instáveis, etc.

Nos anos 1970, a CIA foi obrigada a retratar-se sobre o que estava acontecendo. Vítimas denunciaram o esquema criminoso, além de exigirem indenização do governo americano.

Bom, (...)  fato é que o programa existiu mesmo, conforme a própria CIA reconheceu em 1970 numa investigação do Senado americano, quando além disso comprometeu-se a não mais realizar experimentos desse naipe, ao menos em solo americano. Nessa hora os caras da CIA devem ter dito: "então vamos prá (sic) América do Sul, que é perto e lá as vidas humanas valem muito menos"... (3)
Todas as coisas estão interconectadas.

Sobre o festival de Woodstock.
Nele centenas de pessoas, à revelia, haviam sido submetidas ao MK Ultra. Foram distribuídas drogas, entre elas LSD, sabidamente usada nos experimentos da CIA. Há relatos acerca de mulheres que levaram os próprios filhos, inclusive de peito. As drogas chegavam aos bebês pelo leite materno.
O maior concerto após o de Monterey, a "Feira de Arte e de Música de Woodstock", seria aquilo que a revista Time celebrou como um "Festival de Aquário" e "o maior acontecimento da história". O termo "Aquário" foi escolhido com cuidado. A Era de Aquário significava que a "Era de Peixes", que é a era cristã, tinha chegado ao fim.
Em Woodstock, uma pequena localidade no Estado de Nova York, quase quinhentos mil jovens reuniram-se em uma fazenda para serem drogados e receberem lavagem cerebral. As vítimas ficaram isoladas, imersas na imundície, recebendo drogas psicodélicas, e mantidas acordadas continuamente por três dias seguidos, e tudo com a cumplicidade do FBI e de membros do governo. A segurança para o concerto foi fornecida por uma comunidade hippie treinada na distribuição em massa de LSD.
Novamente, foi a rede da inteligência militar britânica que iniciou tudo. Woodstock foi uma criação de Artie Kornfeld, o diretor da Divisão de Projetos Contemporâneos da Capital Records, a gravadora subsidiária da EMI. Os recursos financeiros originais foram fornecidos pelo herdeiro de uma grande companhia farmacêutica estabelecida na Pensilvânia, John Roberts, e dois outros sócios. Foi outra companhia farmacêutica, o laboratório suiço Sandoz, que primeiro sintetizou o LSD. Mais tarde, Roberts seria acusado de usar sua companhia para viciar a massa dos participantes do festival nas drogas. (4)
Desta forma, os EUA, por meio do MK Ultra, estendem os tentáculos em direções distintas.

Apôs a rápida revisitada no projeto nefasto implementado pelos EUA, cujos resultados vemos até hoje, podemos começar a compreender porque Jim Jones é uma das peças do quebra cabeça.
Jim Jones veio para o Brasil em 1961. Primeiro viveu em Belo Horizonte com a família, depois estabeleceu-se no Rio de Janeiro. Ele não era quem parecia ser. Evidências consistentes apontam que ele seria um recrutado da CIA, porquanto foi amigo de Dan Mitrione (conheciam-se desde a infância), agente da inteligência norte americana, aprendendo dele técnicas de tortura, lavagem cerebral e contra-insurgência (derivadas do MK Ultra). Os Estados Unidos, sabe-se, intervieram na América do Sul, mais precisamente em países onde havia governos  ditos comunistas, com a finalidade de arquitetar golpes de Estado, com o objetivo de colocar seus  lacaios vendidos de direita no poder.  Neste sentido, Dan Mitrione foi uma figura importante. Sabia como arrancar confissão de presos.

Jones e família foram morar na Rua Marabá 203, rua bonita situada em um bairro atraente de Belo Horizonte, onde não vivia ninguém pobre, o alvo de suas pregações. Seus vizinhos eram quase todos profissionais liberais: médicos, advogados, professores, engenheiros e jornalistas. Portanto não era o tipo de lugar de onde ir-se-ia pregar aos pobres. (5)
De acordo com vizinhos, saia de casa todos os dias de manhã cedo como se fosse trabalhar, retornando tarde da noite. Sebastião Rocha, engenheiro que morava perto, observava geralmente Jones carregar uma grande mala de couro; também não raro viam-no em Betim, cidade próxima.
A alguns vizinhos falava que trabalhava numa grande empresa da época, a Eureka Lavanderias. Segundo o senhor Sebastião Dias de Magalhães, chefe de relações industriais no ano de 1962, Jones jamais integrou seus quadros. Ele acreditava que Jones mentiu a fim de esconder seu verdadeiro trabalho, ou seja, ser agente da CIA no Brasil. (6)
Por algum tempo, Jones sumiu misteriosamente de Belo Horizonte.
Conforme Elza Rocha, quando o nosso misterioso personagem voltou, ele disse-lhe que havia viajado aos EUA para participar de treinamento especial do maquinário usado pela Eureka.  Alegou ser um capitão aposentado da Marinha, havendo sofrido bastante na Guerra da Coreia, e por conta disso recebia pensão mensal das Forças Armadas. (7)
Claro que tudo isso é apenas a ponta do iceberg. O assunto é bem mais profundo e intrincado.
(continua)
                         



(2)ibid