segunda-feira, 5 de maio de 2014

MOVIMENTOS PENTECOSTAIS: UMA GRAVE DISTORÇÃO DAS ESCRITURAS (Parte 2)

O Movimento da Rua Azuza:

Hoje me deterei um pouco mais sobre O Movimento da Rua Azuza para que você tenha melhor compreensão acerca de onde e em qual época o pentecostalismo moderno começou. Claro que isso teve raízes em anos bem anteriores, além de todo um contexto sócio-econômico-espiritual subjacente, de cujo conteúdo não se deve prescindir.

*O final do século XIX assistiu à grande Revolução Industrial. As
pessoas se tornavam parte das engrenagens industriais; a lacuna entre ricos e pobres aumentava, e a Igreja tinha o dever de preparar os seus fiéis para servirem agora os interesses do avanço no progresso proporcionado pela Revolução Industrial.

Nesse tempo, os negros
não eram aceitos como
membros das Igrejas,
porque não tinham
dinheiro.

Até mesmo grupos comuns e tradicionais, como os Batistas e os Metodistas, enfatizavam os bens materiais acima do interesse de uma vida futura na eternidade. Graças ao método de evangelização de Fina e Ludy, as Igrejas estavam cheias! Porém, faltava algo aos que professavam o
Cristianismo Protestante, uma mola para impulsionar a religião, na mesma proporção da Revolução
Industrial que escravizaria para sempre os mais humildes e das diferenças sociais que só se
acentuavam.
O avivamento da Rua Azuza foi um canivete suíço para sua época.Pois serviu como anestesia para uma série de problemas sociais!

No final do Século XIX (por
volta de 1880), o movimento Holiness (Santidade, em português) foi o primeiro passo na direção do avivamento, essas
agitações, especialmente na Igreja Metodista, buscavam uma segunda Bênção Divina na qual os
crentes seriam santificados para viverem mais próximos de Deus.
Estes ensinamentos diziam aos fiéis: 1 -  " Caminhe no poder concedido pela ressurreição de Cristo ", 2 -" Santifique-se, Cristo irá reinar em sua alma! ". Não
aconteceu nada mais radical ali.  Apenas mais uma fórmula, a fim de se consolidar a fidelidade das pessoas à religião.

Não imaginavam, porém, que seria um forte motivo para impulsionar o grande avivamento que estava por vir!

O INCENTIVO
Neste mesmo período, apareceu Jhon Nelson Darby defendendo a
teologia do Dispensacionalismo que pregava o fim do mundo
iminente antes do ano 2000. A virada do século fez com que a doutrina pré-milenarista ficasse conhecida. Começou-se a propagar a ideia de um século Cristão, no qual a Igreja e tecnologia prenunciariam o Reino de Deus. Os pré- milenaristas, no entanto, afirmavam que o fim dos tempos estava próximo, pois seria
caracterizado como fora profetizado, pelo romper de Uma imensa Atividade Espiritual .
Derby não sabia, mas seus ensinamentos, amplamente difundidos naquela época, iriam desencadear o mais significativo advento Protestante até os dias de hoje.
                       o o o

No primeiro ano do Século XX, um jovem chamado Evan Roberts, que trabalhava em minas de ouro, passou a viajar por todo o País de Gales e mais tarde pelo mundo,
proclamando o ministério do grande avivamento promovido pelo Espírito Santo, que iria surgir
naqueles dias. Seu discurso era: "Todos os crentes serão revestidos
de poder, pois somos a última geração; e assim por esses dias, o
reavivamento do Espírito Santo será derramado entre nós! "
Nesta época, o falar em línguas estranhas ainda não fora citado, mas apenas um grande despertar espiritual.

O interesse do sistema era  promover o inconformismo das
pessoas (afinal, muitas delas ficaram desempregadas, face aos recentes resultados da Revolução Industrial). Contribuiu para a  aceleração da segregação e desigualdade social. Este foi o comburente, o combustível que
inflamaria de uma vez por todas o processo da necessidade de se santificar, já que o último
século na terra estava começando, e, por aqueles dias, iria se consolidar com o derramamento do Espírito sobre toda a carne! Tais ingredientes reunidos incendiaram o protestantismo.
John Alexander Dowie, movido por esse incêndio que inflamou os crentes de sua época, passou a
afirmar que ele próprio era o Elias, o restaurador. Estabeleceu a  comunidade Cristã. A influência foi tão grande que a sua localidade passou a se chamar Sião, no estado de Ilinois (Zion, Illinois ).

Neste período, o processo religioso protestante, que sempre viveu de novidades, apostava numa nova doutrina denominada de "A doutrina da Santificação".Era pregado em todos os cultos que as pessoas deveriam agora
promover um segundo passo, a sua santificação (o primeiro seria a salvação alcançada na morte de Jesus). Também se fazia necessária a separação do mundo permanecendo mais tempo dentro dos templos, pratícando orações e liturgias. Esse movimento de santificação pregava que o motivo dele ter sido inciado é que haveria pouco tempo pela frente...
Logo depois, aparece um jovem que apostou num investimento financeiro seguro: pregar a novidade por todos os países onde
ele pudesse ir com o dinheiro que já havia recolhido, cavando ouro junto com seus familiares
e seus pais.

                      o o o

Isso seria útil também para os senhores do mundo, os Illuminati.
Cada vez teriam o povo mais em suas mãos, por estarem mais preocupados com a salvação eterna, do que resolver os problemas sociais imensos naquela época!

Como a doutrina era imediatista, algumas pessoas aproveitavam a
conjuntura para fazerem bastante dinheiro. Surgiram muitos Elias
prometidos para preparar o
caminho antes da volta do
Senhor. Evidentemente estes
"Elias" formaram
verdadeiras comunidades. Enriqueceram-se tanto a ponto de alguns locais da região onde eles moravam serem batizados mais
tarde com os seus nomes
ou o nome daquela missão
que fora ali implantada,
como Comunidade Sião e Comunidade Siló (fazendo alusões a locais descritos no Velho Testamento). Enquanto isso, no Estado do Meine , Frank Sandford
também afirmava que era
o Elias (o restaurador),  vindo a estabelecer uma comunidade em Siló a fim de esperar o revestimento do Espírito Santo e que deveria converter o número máximo de pessoas antes do mundo acabar no último século.

Em 1903, Charles Fox Parham passou cerca de seis meses em Siló. Ele era um pregador Metodista da linha dos Holiness movement , oriundo do Kansas
e procurava a nova fé que aparecera. Juntamente com
sua esposa, fundou uma casa de purificação, emTopeka, onde as pessoas poderiam permanecer gratuitamente enquanto oravam pela vinda da unção divina do
último século. Em dezembro daquele mesmo ano, quando se reuniram no culto de vigília do ano novo, eles obtiveram a resposta: O batismo com o
Espírito Santo seria manifestado pelo dom de línguas!
Aconteceu que Agnes Ozman orou para receber o Espírito Santo, e a glória do Senhor caiu sobre ela!
Como depois definiu Parham dizendo: "Um halo parecia cercar a
sua cabeça e seu rosto, e
ela começou a falar o idioma chinês, tornando-se incapaz de falar seu idioma natural (Inglês) por três dias!" No mês seguinte, a maioria das pessoas naquele local
também conseguiu falar esta língua estranha (o chinês).
O esforços de Parham para espalhar o avivamento às cidades de Kansas e Laurens fracassaram. As Igrejas se opuseram e os jornais zombavam desse fato. Uma mulher teria sido curada depois de uma oração de Charles Fox Parham, o que o levou a ser convidado para promover um avivamento na cidade de Galena no Texas; este empreendimento foi bem sucedido! Em 1905, as reuniões pentecostais (ou do evangelho pleno) aconteciam no Missouri, no Kansas City e no Texas. O número de frequentadores alcançava o impressionante marca de 25.000 pessoas. Depois da campanha de Hilston em 1905, Parham fundou ali um trabalho. Um dos frequentadores chamava-se William Joseph Seymour.

SURGE O PAI DA CRIANÇA
Os E.U.A. havia recentemente saído da abolição da escravatura negra. Aconteceu que a mão-de-obra gratuita, cujo trabalho custava um prato de comida, já não era mais possível. Os próprios americanos não queriam mais trabalhar por baixos salários. A ideia foi trazer imigrantes asiáticos. Os navios chegavam lotados de chineses com suas famílias, para trabalharem nos serviços mais pesados. Afinal de
contas a mão-de-obra era muito barata e as leis trabalhistas ainda não existiam. Os homens trabalhavam nas construções das estradas de ferro, que eram a
maior fonte de emprego
naquela época; também eram a maior expressão de progresso nos E.U.A. E não só a Agnes Construtora de Estradas de Ferro que tinha empregados chineses, não. A maioria das mulheres americanas passou a ter empregadas domésticas chinesas, pois trabalhavam por baixos salários. Elas levavam consigo os filhos. Evidentemente comunicavam-se quase que exclusivamente no idioma pátrio. Portanto não é nada estranho
que Agnes Ozman soubesse um
pouco do idioma chinês.

(continua)

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